O primeiro ponto deste nosso tema Zona de Vertentes fixava-se nos movimentos de massa. Já falamos do que eles são e ‘mostra-mos’ com recurso a um vídeo o poder de destruição que eles podem encerrar. Por outro lado e para complementar a informação sobre o que são movimentos de massa pesquisamos sobre como preveni-los.
Ironicamente a resposta mais directa seria ‘Para prevenir movimentos de massa basta não viver em áreas em que estejamos expostos a eles. ‘ Mas então e a as zonas que já estão expostas? E perante todos os nossos meios tão bem desenvolvidos como nos gabamos, não conseguimos elevar alicerces em zonas de vertente com tais riscos? Já o fizemos mas em muitos casos mal, muito mal mesmo. Pusemos em risco imensas vidas em troca de dinheiro fácil e fuga de burocracias sobre construção em tais terrenos.
MAS ESTA PESQUISA NÃO É APENAS PARA NOS LAMENTAR-MOS DO QUE ESTÁ FEITO MAS TAMBÉM PARA PREVENIR E EVITAR QUE NO FUTURO TAIS CASOS SE REPITAM E MAIS VIDAS SEJAM SACRIFICADAS PELA NOSSA GANÂNCIA HUMANA.
Por isso trouxemos hoje informação de como agir perante uma área em risco, durante um movimento de massa e após a sua ocorrência. Podemos não voltar atrás para evitar os erros mas podemos sempre impedir que tomem proporções desastrosas.
Antes da ocorrência de movimentos de vertente deve:
1. Familiarizar-se com o terreno à sua volta prestando atenção às áreas limítrofes das zonas que costuma frequentar, procurando sinais de actividade geomorfológica recente. Muitas vezes podem-se registar alguns sinais de instabilidade lenta, tais como: (1) fendas no chão; (2) aumento da inclinação de árvores; (3) queda sistemáticas de pequenos blocos em certas zonas. Regra geral, locais onde no passado ocorreram movimentos de vertente definem zonas de maior susceptibilidade;
2. Colaborar com as autoridades locais e com o governo regional para o correcto ordenamento do território, evitando construir em zonas de maior susceptibilidade à ocorrência de movimentos de vertente. As infra-estruturas deverão estar: (1) afastadas de taludes com inclinações elevadas, quer estejam localizadas no topo ou na base dos mesmos; (2) fora dos vales dos cursos de água e nas zonas terminais das mesmas, quer tenham um caudal perene ou intermitente;
3. Ter em atenção os padrões de pluviosidade e os efeitos que são produzidos na topografia, verificando onde se localizam normalmente as zonas de concentração e drenagem da água nas zonas limítrofes da sua casa ou de locais que costuma frequentar. O aumento do fluxo de água em zonas saturadas, para além de provocar a erosão dos solos, aumenta a carga efectiva dos taludes promovendo a ocorrência de movimentos de vertente;
4. Contactar as autoridades locais de forma a aprender o que fazer em caso de uma destabilização generalizada de movimentos de vertente. Praticamente todos os concelhos do Arquipélago dos Açores já estão dotados de Planos Municipais de Emergência. Consulte-os e crie na sua própria casa o seu Plano de Emergência Familiar, fazendo um pequeno esquema da área circundante à sua casa. Nele introduza as zonas críticas (locais onde anteriormente ocorreram movimentos de vertente, taludes de ribeiras e zonas de forte inclinação) e pontos seguros para, no caso de catástrofe, saber quais os pontos onde se deverá refugiar perto de sua casa.
Perante uma possível situação desencadeante de movimentos de vertente deve:
1. Ficar alerta e acordado! Prestar atenção aos avisos divulgados pelos meios de comunicação social, autoridades locais e regionais;
2. Sair de locais susceptíveis à ocorrência de movimentos de vertente. Lembre-se, no entanto, que conduzir durante a ocorrência de sismos e tempestades intensas é perigoso, devido à possível avulsão de linhas de água e movimentos de vertente nos taludes da estrada;
3. Prestar atenção a ruídos estranhos, tais como madeira a partir, choques entre rochas, os quais poderão indiciar possíveis ocorrências de movimentos de vertente. Um fluxo anómalo de água transportando grande quantidade de materiais, tais como rochas e fragmentos de árvores de pequeno porte poderão preceder movimentos de vertente de maiores dimensões. Se estiver perto de linhas de água, mantenha-se alerta para uma diminuição ou aumento súbito do caudal, bem como do aumento da carga sólida transportada. Tais fenómenos poderão ser indicadores da formação de uma represa a montante do local onde se encontra, devido a um movimento de vertente ou à acumulação de materiais. O rebentamento da mesma poderá promover a ocorrência de cheias rápidas. Não se atrase! Salve-se a si, não aos seus bens.
4. Contactar as autoridades locais: bombeiros, polícia, serviço municipal de protecção civil.
5. Informar os vizinhos.
Depois da ocorrência de movimentos de vertente deve:
1. Manter a calma e lembrar-se que muitas das estradas por onde possa querer circular podem estar bloqueadas.
2. Evitar aproximar-se das zonas afectadas por movimentos de vertente, bem como das áreas limítrofes.3. Colaborar com as autoridades e agentes de protecção civil. A sua colaboração poderá salvar vidas
Informação retirada e tratada do link:
http://www.cvarg.azores.gov.pt/Cvarg/CentroVulcanologia/perigosgeologicos/minimizarperigomv.htm
Pedimos desculpa pela extensão do blog mas apesar da seleção e do tratamento de informação há pensamentos e ideias que não podem ser reduzidas, há pontos de chaves que têm que estar presentes, porque perder aqui 5min pode evitar a perda de algo maior num futuro incerto.
Até à próxima!
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5 comentários:
A trabalhar ao domingo?
Isso é tudo interesse?
Parabéns, estão a fazer um excelente trabalho.
RN
O blogue nunca será extenso, ele permanecerá pelo tempo que quiserem e poderá ser enriquecido sempre que pretendam. Este é um projecto que vos levará até onde a vossa imaginação permitir.
Continuem com o óptimo trabalho que estão a desenvolver.
A.S.
que belo trabalho e a música de fundo também gosto.
s
ola! tudo bem? adeus
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